quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Livro: O Castelo de Vidro

NOTA: 10!




"A autobiografia de Jeannette Walls, que  cresceu no meio de uma família pouco convencional, inconformista, radical, com ideais de vida muito particulares. Filha de um pai brilhante e carismático, sem trabalho até porque a maioria do tempo estava alcoolizado e de uma mãe escritora e pintora, cheia de sonhos e “viciada em excitação”, incapaz de cozinhar, de arrumar, de dar um lar que se assemelhasse ligeiramente à ideia de que temos de um lar.

Aquelas crianças nada tinham, no Natal raramente festejado a 25 de Dezembro, recebiam de prenda uma estrela, ou promessas vãs do pai etilista (pinguço mesmo! haha), que lhes despertava a imaginação, ensinava física e geologia e os ensinava a enfrentar a vida sem medos.

Esta maneira curiosa de viver, não significava de modo algum que os pais não gostassem dos filhos, ou que não estivessem atentos às necessidades deles, mas eram incapazes de ter uma vida normal, o pai ficava extremamente triste quando não podia dar algo aos filhos, e a mãe aérea até dizer chega metia mãos à obra e ia trabalhar, era também professora e arranjar emprego para ela era facílimo. A normalidade não cabia na vida daquele casal e consequentemente coube aos filhos arranjar meios de subsistência, maneira de lutar contra a fome, o frio, a falta de higiene, tudo o que fazia com que as pessoas tivessem ou pena, ou nojo deles.

O que há de mais curioso neste livro é que Jeannette Walls, quando nos conta a sua infância e a sua adolescência, consegue arrancar-nos um sorriso, pela imaginação, humor e determinação com que ela e irmãos lutavam contra a adversidade. Foi uma autêntica luta pela sobrevivência, conseguiram manter-se unidos, continuar a amar aqueles pais, e criar meios para serem gente de sucesso.

Este livro é uma lição de vida, faz pensar e repensar no que é necessário, no que é superficial, de como pode ser mais importante ter um castelo de vidro na imaginação, a 4 paredes bem isoladas onde não passe o frio, a chuva, o vento. É também uma lição de tolerância, de boa vontade, de compreensão de como tudo se pode ultrapassar, com amor, com muita vontade, com perseverança. Obrigada Jeannette por me ter aberto os olhos, desentupido os ouvidos, e por os outros sentidos, que tantas vezes deixa-mos adormecer."




Jeannette Walls antes: (a primeira da esquerda)


http://image3.examiner.com/images/blog/EXID21401/images/half_broke_horses_jeannette_walls.jpg


Jeannette Walls hoje:

http://www.ucwv.edu/shared/content/Page_objects/about_uc/Walls%20J-Photo.JPG








RECOMENDO!

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